quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Alvorada(Lo Schiavo) - Carlos Gomes


A obra Alvorada é a abertura da ópera Lo Schiavo, que foi escrita na Itália e estreada no Rio de Janeiro.
Podemos perceber na ópera um grande caráter nacionalista, carregado da diversidade brasileira, mostrando que, mesmo aprendendo a compor sob os modelos da estética europeia, o compositor não se desligava da sua origem.
Nessa obra percebe-se uma fusão encantadora entre dois modos muito distintos de composição: retrata o nascer do Sol no Brasil, com pássaros cantando, com toda a diversidade natural brasileira, ao mesmo tempo  em que transmite toda a intensidade do romantismo europeu.  

Heloísa

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Anotações acerca da Suma contra os gentios de Tomás de Aquino

As questões e razões acerca do diálogo Fé e Razão. Ou, em outros termos: relação entre Teologia e Filosofia em Tomás de Aquino.

A comunicação entre Filosofia e teologia é útil porque é a teologia quem nos oferece o princípio e telos de todas as coisas. Assim, o ofício do sábio que é de ordenar, ganha plenitude quando ele é capaz de encontrar a finalidade de todas as coisas. Tal finalidade só pode ser conhecida quando se sabe quem é o fazedor das coisas. E aqui o telos coincide com o princípio, na bela imagem grega do círculo.
 A razão humana é limitada, principalmente no trato com o divino. Mas é, no entanto, o instrumento de que dispomos, tendo a grande vantagem de ser comum a todos. A filosofia é a principal aliada para o plano soteriológico cristão, pois salvar-se é fugir da vaidade do mundo e alcançar a verdade que não muda, nem perece e que chega a todos. Assim, a filosofia pode apresentar frutos espirituais e pode nos ajudar a escapulir de um mundo vão. Não se exige muito esforço intelectual perceber que as criaturas são nada! Ademais, a filosofia, por ser universal, permite o diálogo entre os homens, ainda que, para Tomás de Aquino, a verdade coincida com a fé católica. Ora, esse valor e alcance da filosofia são extremamente limitados. Existe, assim, aquelas verdades as quais a razão tem capacidade de alcançar e aquelas que ela não tem. O caráter duplo da verdade reside não na natureza da verdade, mas de diferentes fontes das quais ela brota.
É preciso, assim, uma comprovação de que existam verdades que não são do alcance da razão. Assim, justifica-se de que exista o incognoscível. E isso ocorre porque: a) o método de conhecimento decorre da natureza do objeto investigado; b) existe a experiência daquilo que não é sensível, como a liberdade; c) o conhecimento de alguns atributos por analogia não significa, no entanto, conhecimento em plenitude desses atributos; d) temos ao mesmo tempo a constatação dos limites da razão e, ao mesmo tempo, da inesgotabilidade do conhecimento.
Ora, a verdade se manifesta. No entanto, quem conseguiu chegar a ela? Esse trabalho é árduo e nossa natureza é corrompida. Só a clemência divina nos proporciona segurança em meio às trevas. Vivemos em meio a muitos erros e em meio a discordância de opiniões. Assim, a própria razão é fonte também de erros e distorções no caráter da verdade.
Se a razão é o instrumento de que o homem dispõe, deve bastar para satisfazer suas necessidades, isto é, plenificar sua vida. No entanto, Tomás de Aquino defende que o homem está destinado a coisas mais altas do que as que pode alcançar nesta vida; para que as deseje há que dar-se a conhecer. O que a razão pode descobrir está muito longe do que Deus é, assim, o homem deve investigar o que se ajusta à sua capacidade de conhecimento e o que não se ajusta. Há maior satisfação no perfeito tocado do que no imperfeito possuído. A razão se sente atraída para além dos limites de sua capacidade de conhecer. Destarte, a filosofia, por mais bela que seja é ultrapassada por algo maior do que ela. Deus é o inefável e sua meta não é ajustar-se à nossa compreensãoA teologia negativa vem para rebaixar a razão.
Os que aceitam as verdades reveladas não crêem rápido demais? Para Tomás de Aquino, há dois tipos de crentes: a) os que crêem porque o que se predica se acomoda bem aos seus desejos; b) os outros que crêem ainda que sacrificando pela crença sua natureza posto que receberam sinais suficientes para a adesão de sua fé. Na classe a) estão os seguidores de Maomé. Para Tomás, o fato do islamismo prometer um paraíso sensível explica o êxito dessa religião. A segunda, que condiz à fé cristã, só é compreensível pela força dos signos cristãos. É um verdadeiro milagre que o homem consiga desprezar os bens sensíveis. Essa é a força do cristianismo.
Segundo Tomás, precisamos investigar porque alguns filósofos caíram na confusão de pensar que razão e fé sejam contrárias. A) o fato da revelação superar a razão só diz que a primeira é mais completa do que a segunda e não que sejam rivais; B) seria um absurdo que o mesmo Deus que colocou na alma os princípios da razão, venha contradize-los pela revelação; C) e decorre disso que assim convenceria os homens nunca pelo entendimento, senão pela força. Assim, argumentos contra a razão são também argumentos contra a fé.
As verdades da revelação são fonte especial de conhecimento. Elas são dadas por Deus através dos efeitos de sua ação criadora e todo agente produz algo que se lhe parece. O verdadeiro saber se alcança no abismamento no que é sem princípio e no reconhecimento de que existe o incompreensível. Dito em outros termos: nem tudo está em nosso poder.
Rochelle

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Texto de Antônio Marcos Chagas

     LIBERDADE RESPONSÁVEL: UM VALOR A SER DESCOBERTO E CULTIVADO.
Quando se fala em liberdade, fala-se do substrato do agir humano ou das possibilidades que lhe são inerentes. Junto aos valores, a liberdade humana é fundamental. Cada vez mais a liberdade associa-se inseparavelmente ao ideal de plena realização do homem. Evoca-se, também, a idéia de estar livre de tantas escravidões e alienações e ao mesmo tempo a idéia de poder ser a si mesmo.
Aqui, abrem-se elementos importantes para captar a liberdade e sua leveza, plenitude e serenidade, realização íntima, profunda e libertadora, nesta primazia do ser: Sempre, no âmbito da decisão, emerge a liberdade como condição de possibilidade de um respaldo e sustento da decisão mesma. A liberdade é sempre iniciativa da pessoa, iniciativa esta que é insubstituível à pessoa a quem cabe reconhecer as inclinações que podem contribuir à sua liberdade, escolher e de se engajar.
Distingue-se liberdade do comportamento inconsciente (presente nos animais), da loucura, da irresponsabilidade física ou moral. Sendo largamente ligado ao mundo ou à natureza, ou aos outros, o indivíduo livre não pode ser condicionado por forças deterministas da natureza, nem totalmente submisso à tirania do Estado, da sociedade ou dos outros em geral, mas determina, em parceria com estes, essencial e concretamente, o próprio agir. Ser livre pode ser aquele que age de forma consciente e com vontade, sabendo o que se faz e porquê se faz. Emerge, a este ponto, a necessidade de asseverar que livre é quem é capaz de agir com responsabilidade. O homem livre é um homem que o mundo interroga e que ao mundo responde; por isso é um homem de “respons-abilidade”, ou seja, habilitado em responder. Dominar o próprio agir é motor fundamental da liberdade humana. Mas, tal liberdade, não é escopo para si, ou seja, não tem em si própria um ponto de chegada. Visa a maturidade dos indivíduos, fazê-lo ser um adulto consciente e integrado, abrindo-o à comunhão com os outros. A grande meta é assumir-se e aprofundar o grande conceito de homem que muito aprecio: “ser consciente no mundo, formando, com os outros, comunidades históricas de vida”. A nossa liberdade, como é a liberdade de uma pessoa situada, é também a liberdade de uma pessoa valorizada: eu não sou livre somente pelo fato que explico a minha espontaneidade, mas me torno livre somente se encaminho esta espontaneidade no sentido de uma libertação, ou seja, de uma personalização do mundo e de mim mesmo.
Com certeza, não se tem como afirmar taxativamente um conceito de liberdade que seja rijo ou que consiga açambarcar o que venha a ser. Há que se contar com variantes que imprimem uma impressionante panorâmica essencialmente complexa e marcada por fatores os mais diversos. A saber, fatores de ordem cultural, psicológica, geográfica, social, econômica, étnica, religiosa, política, etc, influirão de forma mais ou menos intensa e quiçá até decisiva na consideração ou definição (ainda que aproximativa) de tais critérios de definição ou de alusão do que venha a ser uma pessoa livre. O sadio senso do real ajuda a afastar o mito da liberdade absoluta. Por conseguinte, a pessoa não é somente o que faz, nem o mundo é aquilo que a pessoa quer, uma vez que o mundo a precede. Por isso a liberdade é a liberdade de uma pessoa situada em si mesma, no mundo e diante dos valores.

A liberdade levará e reconduzirá sempre à liberdade da escolha, da opção. A decisão criadora, em si, realiza o rompimento com um jogo de forças intimidadoras de modo a gerar uma ordem nova, uma inteligibilidade diversificada e para quem assumiu esta decisão se constrói um amadurecimento diferenciado. Trata-se de uma liberdade situada, consciente, aberta ao senso do real: profundamente “pé no chão”. Pode-se dizer também que o homem é todo inteiro e sempre livre interiormente, quando o desejar. A pessoa mesma é que se faz livre, depois de haver escolhido a liberdade. Claro que em situações adversas, nem sempre é fácil manter-se firme nesta escolha em ser livre. Mas, ela está dentro de cada um, mesmo que, o ambiente e os outros atores do processo, possam contribuir ou dificultar, mas nunca impedir. E quando tomar consciência que o seu querer abre muitos caminhos, antes nunca imaginados que existissem. Eis a liberdade, por exemplo, que resta ao deportado no seu cativeiro.

Para que tudo isso não pareça uma utopia distante, deixo o relato do Cardeal vietnamita François-Xavier Nguyên Van Thuân, um bispo que foi posto na prisão por muitos anos, acusado de complô contra o regime comunista de seu país. Ficou vários anos na prisão e deixou um exemplo de como defender a liberdade, mesmo em condições tremendamente adversas.

Sobre a sua prisão pelo regime comunista disse: "Disseram-me que minha nomeação era fruto de um complô entre o Vaticano e os imperialistas para organizar a luta contra o regime comunista", contava Van Thuan:
Vinham-me à mente muitos pensamentos confusos: tristeza, abandono, cansaço depois de três meses de tensões… Porém, em minha mente surgiu claramente uma palavra que dispersou toda a escuridão, a palavra que Monsenhor John Walsh, Bispo missionário na China, pronunciou quando foi libertado depois de doze anos de cativeiro: ‘Passei a metade da minha vida esperando’. É verdadeiríssimo: todos os prisioneiros, inclusive eu, esperam a cada minuto sua libertação. Porém, depois decidi: ‘Eu não esperarei. Vou viver o momento presente, enchendo-o de amor.
De fato, foi o que fez: amou, amou, amou. As condições não eram favoráveis. Durante alguns meses esteve confinado numa cela minúscula, sem janela, úmida, que para respirar passava horas com o rosto enfiado num pequeno buraco no chão. A cama era coberta de fungos.
Os nove primeiros anos foram terríveis: uma tortura mental, no vazio absoluto, sem trabalho, caminhando dentro da cela desde a manhã às nove e meia da noite para não ser destruído pela artrose, no limite da loucura.
Buscava conversar com os carcereiros, que resistiam, mas logo eram seduzidos por sua gentileza e inteligência. Contava-lhes sobre países e culturas diferentes. Isso chamava sua atenção e instigava a curiosidade. Logo começavam a fazer perguntas, o diálogo se estabelecia, a amizade se enraizava. Chegou a dar aulas de inglês e francês.
No começo, a cada semana os guardas eram substituídos, mas logo as autoridades, para evitar que o exército todo fosse "contaminado", deixou uma dupla de carcereiros fixa. Estes espantavam-se de como o prisioneiro pudesse chamar de amigos os seus carcereiros, mas ele afirmava que os amava porque esse era o ensinamento de Jesus.
Esse foi um dos exemplos mais eloquentes e “pé no chão” que já tomei conhecimento sobre o que significa ser livre!
Todos vivem experiências em suas vidas. Eis a pergunta que fica e o divisor de águas que se impõe: não é o que se vive, mas como se vive! Por quê? Quais as reais motivações? O que estas situações concretas me ensinam? Quais as possibilidades? Por isso mesmo, nem mesmo os limites constituem um impedimento: podem nos introduzir no mundo do possível, na acolhida reconciliada do impossível. Além disso, é bom lembrar o seguinte: Muitas vezes o problema não é o problema, mas como se vive o problema. A liberdade encontra no obstáculo, na exigência da escolha e no sacrifício que se impõe, um instrumento de crescimento. Para tanto, progredir constitui um decidido ultrapassar e colher significados das experiências, gerando leituras propositivas, edificantes, desaguando no crescimento pessoal e este por sua vez no crescimento grupal e social. O rio não sobe a montanha, mas serve-se da montanha para traçar livremente seu leito e chegar ao mar.
A liberdade remete-se à qualidade das relações, ao poder de decisão, à capacidade de adesão a valores, projetos, princípios, etc. Pode-se afirmar que a liberdade madura nunca é plenamente realizada. Seus conteúdos e confins não são de fácil definição. Permanece aberta, como todo ideal.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Angústia- Graciliano Ramos

Edição especial pelos 75 do lançamento de Angústia, de Graciliano Ramos


Para comemorar os 75 anos da primeira edição de Angústia, de Graciliano Ramos, a editora Record lança na próxima semana uma edição especial do romance e abre um ciclo de debates que percorrerá cinco capitais do país. O primeiro evento ocorrerá na Universidade de São Paulo (USP), na terça-feira (20), e será aberto com um depoimento do escritor, professor, ensaísta e crítico literário Antônio Cândido.
O simpósio "Graciliano Ramos - 75 anos de Angústia" levará ao público uma visão multifacetada sobre esta grande obra da literatura brasileira, publicada pela primeira vez em 1936 quando Graciliano estava preso. Participarão dos debates os professores Elisabeth Ramos (neta de Graciliano) Erwin Torralbo Gimenez, Hermenegildo Bastos, Wander de Melo Miranda e Belmira Rita da Costa Magalhães, todos especialistas na obra do escritor alagoano.
Após a capital paulista, o simpósio acontecerá em outras quatro cidades: Brasília (22/9), Salvador (04/10), Maceió (06/10) e Belo Horizonte (26/10). Nesta última, o ciclo será encerrado com a exposição "Graciliano - 75 anos de Angústia" , no Saguão da Reitoria da UFMG, onde serão exibidos documentos, textos e objetos do autor.
A edição comemorativa de Angústia é organizada por Elizabeth Ramos e conta com posfácios de Otto Maria Carpeaux e Silviano Santigo, além de fortuna crítica e um texto de apresentação de Elizabeth Ramos. "Angústia constrói, através de uma galeria de personagens e da decadência do espaço e do ambiente, uma análise das infinitas roupagens de que se reveste a miséria humana", resume a professora sobre o terceiro romance do avô.
Escrito em ambiente de desassossego e intrigas, em plena repressão do governo Getúlio Vargas, Angústia reflete o desconforto do autor com a situação de insegurança em que vivia. "Falta-me tranqulidade, falta-me inocência, estou feito um molambo que a cidade puiu demais e sujou", pensa o narrador. Graciliano foi levado preso pouco depois de revisar as últimas páginas do livro.


Data: 21/9/2011

Líbia: o outro lado da História

O outro lado da moeda!

A Líbia - O que a mídia jamais vai mostrar, veja :

> I – KADDAFI. SEJA O BIZARRO QUE FOR, A ONU CONSTATOU EM 2007:

> 1 - Maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África (até hoje é
> maior que o do Brasil);

> 2 - Ensino gratuito até a Universidade;

> 3 - 10% dos alunos universitários estudam na Europa, EUA, tudo pago;

> 4 - Ao casar, o casal recebe até US$50.000 para adquirir seus bens;

> 5 - Sistema médico gratuito, rivalizando com os europeus. Equipamentos
> de última geração, etc.;

> 6 - Empréstimos pelo banco estatal sem juros;

> 7 - Inaugurado em 2007, maior sistema de irrigação do mundo vem
> tornando o deserto (95% da Líbia) em fazendas produtoras de alimentos.
(Conheci ha mais de 20 anos engenheiros brasileiros que deram consultoria neste mega-projeto.)

> E assim vai...

> II - POR QUE DETONAR A LÍBIA, ENTÃO?...

> Três (3) principais motivos:

> 1 - Tomar seu petróleo de boa qualidade e com volume superior a 45
> bilhões de barris em reservas;

> 2 - Fazer com que todo o Mar Mediterrâneo fique sob controle da OTAN.
> Só falta agora a Síria;

> 3 - E o maior, provavelmente: O Banco Central Líbio não é atrelado ao
> sistema mundial Financeiro. Suas reservas são toneladas de ouro, dando
> respaldo ao valor da moeda,
> o dinar, e desatrelando-o das flutuações do dólar.

> O sistema financeiro internacional ficou possesso com Kaddafi, após
> ele propor, e quase conseguir, que os países africanos formassem uma
> moeda única desligada do dólar.

> III - O QUE É O ATAQUE HUMANITÁRIO PARA LIVRAR O POVO LÍBIO:

> 1 - A OTAN, comandada pelos EUA, já bombardeou as principais cidades
> Líbias com milhares de bombas e mísseis que são capazes de destruir um
> quarteirão inteiro. Os prédios e a infra estrutura de água, esgoto,
> gás e luz estão seriamente danificados;

> 2 - As bombas usadas contêm DU (Urânio depletado); tempo de vida 3
> bilhões de ano (causa câncer e deformações genéticas);

> 3 - Metade das crianças líbias está traumatizada psicologicamente por
> causa das explosões que parecem um terremoto e racham as casas;

> 4 - Com o bloqueio marítimo e aéreo da OTAN, principalmente as
> crianças sofrem com a falta de remédios e alimentos;

> 5 - A água já não mais é potável em boa parte do país. De novo, as
> crianças são as mais atingidas;

> 6 - Cerca de 150.000 pessoas por dia estão deixando o país através das
> fronteiras com a Tunísia e o Egito. Vão para o deserto ao relento, sem
> água nem comida;

> 7 - Se o bombardeio terminasse hoje, cerca de 4 milhões de pessoas
> estariam precisando de ajuda humanitária para sobreviver ( Água,
> comida e remédios) de uma população de 6,5 milhões de pessoas.

> Em suma: O bombardeio "humanitário" acabou com a nação Líbia. Nunca
> mais haverá a nação Líbia. Foram varridos do mapa.

> SIMPLES ASSIM


Enviado por Maximino Basso

O PÓDIO DAS FRUTAS

O pódio das frutas





As mais energéticas: açaí (495 kcal em 1 tigela pequena), abacate (235 kcal em 1/2 unidade), caqui (90 kcal por unidade) e figo (90 kcal por 3 unidades)
As menos energéticas: melão (20 kcal em 1 fatia) e pêssego (25 kcal em 1 unidade)
As mais ricas em fibras: açaí (35 g em uma tigela pequena) e goiaba (10 g em 1 unidade)
As mais ricas em carotenóides: manga (3600 mcg em 1 unidade) e caqui (1800 mcg em 1 unidade)
As mais ricas em vitamina E: abacate (230 mg em 1/2 unidade) e açaí (90 mg em 1 tigela pequena)
As mais ricas em potássio: banana (350 mg em 1 unidade) e uva (296 mg em 1 xícara)
As mais ricas em vitamina C: goiaba (370 mg em 1 unidade) e morango (110 mg em 1 xícara)
As mais ricas em cálcio: açaí (236 mg em 1 tigela pequena) e tangerina (40 mg em 1 unidade)
As mais ricas em magnésio: abacate (100 mg em 1/2 unidade) e banana (30 mg em 1 unidade)
As mais ricas em ferro: açaí (25 mg em 1 tigela pequena) e amora (5 mg em 1 copo médio)


Frutas para esportistas




Os esportistas estão sujeitos a algumas condições que podem ser prevenidas e aliviadas com as frutas:
Anemia: açaí, amora, carambola
Artrite: abacaxi, ameixa e maçã
Cãibras musculares: banana, laranja e melão
Diarréia: maçã sem casca e banana-maçã
Digestão pesada: combinar as refeições pesadas com o abacaxi
Prisão de ventre: maçã com casca, ameixa e figo
Fadiga: banana, uva e figo
Retenção de líquidos: a maioria das frutas, por possuir potássio, pode provocar maior perda de líquido
Baixar o colesterol: maçã, pêra, abacaxi e pêssego


Ameixa, tônico antiestresse





Contém alta quantidade de fibra sorbitol que estimula o movimento intestinal e favorece a evacuação. Dependendo da coloração das frutas, a quantidade de vitaminas que possuem pode variar: as claras são as mais doces e ricas em carotenos, e as com coloração escura contêm mais ferro. Sua riqueza em vitaminas B e C torna essa fruta uma aliada contra o estresse e o suco de ameixa alivia a gota, o reumatismo, a artrite e problemas articulares.




Damasco, a fruta da pele





Tem alto teor de caroteno (provitamina A), vitamina que previne o câncer, regenera os tecidos e favorece o bronzeado. É rica em ferro, magnésio, potássio, zinco e vitaminas B1, B2 e C. Um verdadeiro coquetel contra a fadiga. E só tem 47 kcal.




Figo, para os ossos





Tem cálcio, por isso, é recomendado para esportistas e ajuda a prevenir a osteoporose. Contém benzaldeído, um agente anticancerígeno, flavonóides e uma enzima chamada ficina que ajuda a digestão das proteínas. Além disso, possui ferro, potássio e fibra. As avós utilizavam o látex branco (líquido que sai da planta ao ser cortada) para eliminar as verrugas. Na Ásia, o figo é considerado um afrodisíaco natural.




Maçã, o presente de Eva a saúde





Ela é rica em fibra solúvel, regula o colesterol, protege o coração e equilibra a função intestinal, tanto no caso de diarréia como de prisão de ventre. Contém vitamina C, potássio e é hidratante.




Banana, a barrinha energética





É o alimento dos campeões. Uma comida rápida, ideal para recarregar as energias. Quanto menos maduras, mais ricas em amido. A banana previne as cãibras musculares por sua riqueza em potássio. Também tem magnésio e vitamina B6, vital para levantar seu ânimo e ajudar no metabolismo do corpo.




Melão, o diurético mais natural





É típico das frutas de verão. É rica em potássio (diurético), betacaroteno, vitaminas e com poucas calorias. Quanto mais amarelo o melão, maior é a quantidade de carotenos - responsáveis pelo cuidado de sua pele, melhorando também o seu bronzeado. É considerada uma fruta anticoagulante e um aliado na prevenção de trombose e infartes.




Pêssego, a fruta saborosa





Rica em vitamina C e potássio. Regula o intestino, pois é rico em fibras. Tem baixo teor calórico.




Açaí, o pentacampeão




Esta frutinha amazônica, muito badalada entre os esportivas, sem dúvida nenhuma é pura energia! Rico em vitamina E, o açaí pode ser considerado um poderoso antioxidante. Além de ser rico em cálcio e ferro, que auxiliam na efetiva contração muscular. O alto teor de fibras pode ser ainda maior quando na tigela de açaí vai granola misturada.




Nectarina, o pêssego de pele suave





É uma fruta muito parecida com o pêssego. Contém provitamina A, vitamina B3, ácido fólico, potássio e fibra. Ajuda a regular o colesterol.




Pêra, para refrescar





A pêra é uma fruta que deve ser ingerida madura. É rica em pectina, fibra que regula o intestino melhorando a flora intestinal; contém minerais como o selênio (antioxidante), zinco (aumenta a imunidade) e potássio (diurético e hipotensor). Para os esportistas é uma fruta muito completa.




Abacaxi, para digestão





A cozinha oriental combina pratos com carnes e abacaxi porque favorece a digestão das proteínas. Essa fruta tem uma enzima chamada bromelina. É rica em vitamina C.




Melancia, menos calorias





Se seus problemas são os quilinhos a mais, encha sua geladeira de melancia. Você vai poder comer quantos pedaços quiser, pois é a fruta que tem menos calorias (18 kcal/100 g). É rica em água, fibra, potássio (diurético), vitaminas A, B6 e C e magnésio.




Uva, limpa seu corpo das toxinas





Uma das frutas que trazem mais benefícios para a saúde. É remineralizante, diurética, depurativa, energética. Contém taninos adstringentes, polifenóis, resveratrol (principalmente nas uvas escuras) e substâncias com capacidade antitumoral. Uma alimentação rica em uvas garante boa saúde e limpa seu organismo de toxinas.
Enviado pelo professor de Filosofia Maximino Basso

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Itaú está doando livros

O Itaú está doando livros.
Não precisa ser correntista, nem professor.Basta acreditar na importância da leitura na infância, clicar no link abaixo e fazer o seu cadastro.
A coleção desse ano está maravilhosa.
Por favor...divulguem.
Beijos!


http://ww2.itau.com.br/itaucrianca/index.htm

Aportes Magníficos

Segue o nível de nossas discussões...

Olá, queridos estudantes!




Na semana passada eu estava envolvida com o Colóquio Internacional de Filosofia da Mente, e por isso não participei do fórum interdisciplinar. Mas amores, lá pensei muito sobre a questão da identidade e sobre o ceticismo de Hume acerca desse conceito. Quero compartilhar com vocês as minhas ideias sobre isso.

Diz Hume nas Investigações acerca do entendimento humano:

“A humanidade não é nada além de um feixe de percepções que se sucedem umas às outras com rapidez inconcebível e se encontram em fluxo e e movimento perpétuos. Nossos olhos não podem mover-se em suas órbitas sem mudar nossas percepções. Nosso pensamento é ainda mais variável que nossa visão, e todos os nossos sentidos e faculdades contribuem para essa mudança; nem há nenhum poder da alma que permaneça inalterado sequer por um momento. A mente é uma espécie de teatro, onde várias percepções se sucedem, passam, repassam, desaparecem e se misturam em uma variedade de maneiras e situações. Não há propriamente nenhuma simplicidade nela em nenhum momento, nem uma identidade na diferença; apesar de alguma tendência natural que possamos ter para imaginar esta simplicidade e identidade. A comparação com o teatro não deve nos enganar. Não possuímos a mais remota noção do lugar onde essas cenas são representadas, nem do material de que são compostas.”

Amores, para Hume a mente é um teatro sem plateia, onde as percepções se sucedem de maneira desorganizada.

Agora, de forma um pouco anacrônica, quero falar sobre as discussões que tive no congresso. Há autores como Dennett e Dretske, por exemplo, que tentam fazer uma distinção entre conteúdos que são conscientes e conteúdos que não são conscientes. Esses autores defendem que um conteúdo é consciente quando ele está disponível para uso de outros estados mentais ou do comportamento. Assim, por exemplo, muitas pessoas já tiveram a experiência de dirigir enquanto conversam com alguém ou pensam sobre algum assunto. Ao final do percurso, não se lembram mais do que aconteceu durante o caminho, das ultrapassagens que fizeram ou do sol que se pôs enquanto dirigiam. Isso, na concepção do autor, não significa que o motorista não estava ‘consciente’ do que acontecia enquanto estava dirigindo, apenas que os eventos não se fixaram na memória. Isto é, a pessoa dirigia conscientemente e, por essa razão, foi capaz de executar os movimentos que lhe permitiram chegar viva ao seu destino (Dennett, 1991, p.137-8).

Pessoal, depois de muito tentar compreender a consciência humana, tornei-me cética acerca da possibilidade de diferenciarmos entre os conteúdos conscientes e inconscientes. Hume, de certa forma, me convence de que não somos unidades integradas e conscientes, mas que somos o tempo todo um feixe de percepções em constante mutação. E o que nos faz defender com unhas e dentes a nossa singularidade? Ora, Hume já sabia: alguma razão natural. Que razão natural seria essa? Quanto a isso, tenho meu palpite: Nós primeiro atribuímos uma singularidade aos outros. Necessitamos atribuir-lhes essa singularidade para que possamos compreender e prever o seu comportamento. Essa necessidade altruísta está relacionada à nossa própria característica gregária. Então, habituados a isso, transferimos essa singularidade para o nosso próprio caso. Daí a tendência natural a acreditamos que somos personalidades, egos singulares e fechados, quando na verdade nós não somos isso.


Para ilustrar essas idéias, deixo um vídeo. Não deixem de assistir, só tem 5 min.


http://www.youtube.com/watch?v=gOVsDopXyd4&feature=feedlik


Esperando que se animem com a discussão que estou propondo, abraços com afeto.





Profa. Juliana.


Oi Juliana e demais colegas,

Espero que sua apresentação no Colóquio tenha sido um sucesso!

Vou aproveitar sua postagem para introduzir o assunto da rejeição do ceticismo por parte dos projetos naturalistas contemporâneos a partir do vídeo que você indicou, mas antes faço uma preleção para poder explicar o naturalismo.

Ao colocar sua ‘dúvida metódica’ em prática, Descartes desejava realmente mostrar uma contradição na posição cética, mas seu maior objetivo era chegar à afirmação da possibilidade de nosso conhecimento sobre o mundo. Seu objetivo era o da fundamentação da ciência, dentro um seu projeto todo especial de constituição da física – aliás, projeto que se mostrou furado (sobre isto ver: http://www.scielo.br/pdf/ss/v1n3/a02v1n3.pdf). Ao contrário do que erroneamente se pensa, Descartes não pretendia remover o empírico do campo do conhecimento, mas garantir sua justificação.

Este projeto cartesiano deu errado em dois sentidos. Em primeiro lugar, mesmo que sua dúvida metódica funcione como refutação do ceticismo, seus passos para a fundamentação de nosso acesso ao mundo se baseiam na “dedução” problemática da existência de Deus. Sem Deus, Descartes fica com a certeza de sua existência como ser pensante (res cogitans) e só; é solipsismo demais, mesmo para um misantropo como ele. Seu projeto de fundar o conhecimento sobre o mundo a partir deste “eu” não funciona, e mais, em segundo lugar, acaba por gerar uma cisão que provavelmente seria a última coisa que ele desejaria: uma separação entre filosofia e ciência. Este ideal de filosofia como ‘filosofia primeira’ – no sentido de que ela é a garantidora de todo e qualquer conhecimento, incluso aí a ciência – não responde ao ceticismo, porque aceita seus pressupostos, e gera outros problemas – como a crítica à indução apresentada por Hume.

O naturalismo rejeita a questão como colocada dentro desta tradição. Classificar o naturalismo somente em função de sua admiração pela ciência seria problemático, pois tal atitude é encontrada em autores contrários ao projeto naturalista. O projeto de naturalização da epistemologia tem no artigo de Quine - Epistemologia naturalizada – uma de suas principais formulações contemporâneas e está inserido em uma linha de argumentação em favor do projeto naturalista, que diagnostica a epistemologia tradicional como infrutífera e advoga que o que sabemos do mundo é o que a ciência nos informa. Segundo Quine e outros naturalistas, as preocupações céticas nascem dentro da ciência. Há uma metáfora utilizada por Otto Neurath que faz referência ao barco que se reconstrói durante o percurso, e que é utilizada por Quine para indicar como o processo de constituição do conhecimento ocorre e como as questões céticas são apenas as partes deste barco que são substituídas. Para o projeto naturalista, a filosofia deve ser contínua à ciência.

O vídeo que a Juliana postou sobre a cegueira de mudança é um exemplo de mecanismo cognitivo automático de limitação de atenção. A atenção total produziria uma paralisia do organismo. Alguns alunos devem se lembrar de nossas discussões sobre o conto de Borges, Funes, o memorioso (em português: http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/funes.htm; em espanhol: http://www.dtic.upf.edu/~joan.soler/0910/at/textos/borges/FunesElMemorioso.pdf). Neste sentido nascem as propostas de se tomar o conhecimento como o resultado de processos cognitivos confiáveis, isto é, crenças verdadeiras produzidas por mecanismos de apreensão do mundo que se mostraram bem sucedidos – é o que em epistemologia se chama de projeto confiabilista (ou fiabilista) e externalista. Segundo o projeto naturalista, se desejamos realizar investigação relevante sobre o conhecimento, devemos pesquisar sobre os mecanismos cognitivos humanos que são resultado de uma história pregressa de adaptação ao meio. Isto nos permitiria identificar a posteriori (externalismo) quais mecanismos são confiáveis na geração de crenças verdadeiras sobre o mundo (confiabilismo).

Se isto responde à questão cética (“Como podemos estar certos de que sabemos alguma coisa?”) é caso a se discutir, mas para os naturalistas, o correto é esquecer os céticos e suas questões, que só se pronunciam dentro de um quadro de aceitação de conhecimento, seja de processos básicos cognitivos, seja de ciência.

Abraços,

José Eduardo

Mamografia Gratuita

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É IMPORTANTE QUE REPASSEM

Gandhi

Perguntaram numa ocasião a Mahatma Gandhi quais são os fatores

que destroem o ser humano, ele respondeu assim:



"A Política sem Princípios, o Prazer sem Responsabilidade, a Riqueza sem Trabalho, a Sabedoria sem Caráter, os Negócios sem Moral, a Ciência sem Humanidade e a Oração sem Caridade. A vida tem ensinado a mim, que as pessoas são amáveis, se eu sou amável; que as pessoas estão tristes, se estou triste; que todos me querem bem, se eu quero bem a eles; que todos são maus, se eu os odeio; que há rostos sorridentes, se eu sorrio para eles; que há rostos amargurados, se estou amargurado; que o mundo é feliz, se eu sou feliz; que as pessoas tem nojo, se eu sinto nojo; que as pessoas são gratas, se eu tenho gratidão. A vida é como um espelho: Se sorrio, o espelho me devolve o sorriso. A atitude que tomo na vida, é a mesma que a vida tomará ante mim."

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Acerca do Perdão e Lei do Talião

Esse link te permite assistir a um vídeo de 2 minutos acerca da questão da lei do talião e do perdão. Ele foi sugerido pelo aluno Carlos de Barros Fernandes.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=466483&headline=20&t=Iraniana-perdoa-aplicacao-de-lei-de-Taliao.rtp&tm=7&visual=9

Alteração geológica da Terra, já em andamento - Rachadura gigante deverá dar origem a novo oceano.

Alteração geológica da Terra - Rachadura gigante. Só nos é divulgado o que não podem esconder...VALE OLHAR.



Só nos resta acompanhar !...


VEJA O QUE NÃO ESTÃO DIVULGANDO


Realmente não sabemos nada, ou muito pouco, sobre a transição planetária já em curso. Só é divulgado o que não tem como esconder...
Minha página inicial na internet é de um jornal alemão. Hoje, antes de abrir a caixa de e-mails passei os olhos nas notícias como sempre faço, e descobri uma notícia no lado da página, bem pequena, falando que "no meio do inferno de lava, o oceano estava entrando no deserto da África".
Abri a página e vi coisas espantosas acontecendo na África, na parte da Etiópia, Somália indo até Moçambique.
Vulcões intra oceânicos estão em erupção e uma fenda de vários metros está dividindo a África em duas partes e o oceano está entrando, onde antes era deserto.
Os cientistas estão espantados com a rapidez deste acontecimento e dizem que o solo já apresenta todas as características de solo de fundo de mar, só falta a água.


É um artigo longo escrito por cientistas e tem até mapa da região, e isso que estou relatando é apenas um resumo do que eu entendi.
E nada é publicado...
A notícia está no meio de notícias de futebol, bolsa de valores, política, etc.
Como já sabemos, muita coisa nos está sendo ocultada.

Rachadura (fissura) na Etiópia
Fenda sofre um processo vulcânico praticamente igual ao que ocorre no fundo dos oceanos
Rachadura na Etiópia tem 56 km de comprimento e pode dar origem a um novo oceano.

Uma equipe internacional de cientistas diz que uma rachadura existente no solo da Etiópia representa, provavelmente, a formação de um novo oceano.
A fenda, que tem 56 km de comprimento, sofre um processo vulcânico praticamente igual ao que ocorre no fundo dos oceanos.



A rachadura se abriu em 2005, quando um vulcão chamado Dabbahu entrou em erupção, derramou lava no local e começou a aumentar o tamanho da fenda nas duas direções.
Em poucos dias o "buraco" já tinha praticamente o mesmo tamanho que tem hoje.

Maiores vulcões da Etiópia.
Rift Valley, a fissura que está se abrindo


Em um estudo publicado na revista científica Geophysical Research Letters, os pesquisadores dizem que o objetivo era entender se o que está acontecendo na Etiópia acontece também no fundo dos oceanos, onde, dizem eles, é praticamente impossível ir.

Agora eles confirmaram que isso é verdade. Estudiosos da Etiópia, Estados Unidos, Inglaterra e França estão envolvidos no projeto.

A ficção científica voltou a virar realidade na semana passada, com um anúncio feito por cientistas da universidade de Oxford.
Eles estão monitorando uma grande rachadura que surgiu na crosta do nosso planeta, depois de um terremoto ocorrido na África, em setembro do ano passado.


A rachadura está crescendo com uma velocidade sem precedentes e é a maior já vista em séculos.
Com 60 quilômetros ela pode chegar ao Mar Vermelho, separando a Etiópia e a Eritréia do resto do continente africano e criando um novo oceano.


Mais de 2,5 quilômetros cúbicos de lava incandescente já brotaram da rachadura, o suficiente para encher mil estádios de futebol.

A situação lembra um filme de ficção científica da década de 1960, chamado "Uma Fenda no Mundo".
No filme a crosta terrestre se rachava devido a uma explosão atômica subterrânea e o planeta acabava se fragmentando, apesar de todos os esforços dos cientistas para conter o avanço da rachadura.



Na vida real nada de tão radical deve acontecer.
A fenda que apareceu na África é o resultado do movimento normal das chamadas placas tectônicas.
O mundo em que vivemos é como uma grande bola de futebol, com a crosta sólida dividida em placas, como aquelas seções de couro que formam as bolas.


Essas placas deslizam umas de encontro às outras, provocando terremotos e criando novas cadeias de montanhas.
Quando duas placas se separam um continente pode se fragmentar e um oceano surgir no meio.
Foi assim que nasceu o Oceano Atlântico, quando a América se separou da África, há 200 milhões de anos.


NASCIMENTO - O mesmo fenômeno está acontecendo agora perto da região conhecida como "o chifre da África".
Para o cientista Tim Wright e sua equipe da universidade de Oxford, trata-se de uma oportunidade única de observar o nascimento de um novo mar, mapeando o avanço da rachadura com imagens do satélite europeu Envisat.
A pesquisa foi publicada na famosa revista científica "Nature" e os dados preliminares indicam que a Etiópia e a Eritréia estarão separadas do resto da África dentro de um milhão de anos.


Daí que ninguém precisa se preocupar com as conseqüências desta fenda no mundo.
A mudança climática global é muito mais urgente e pode afetar nossa civilização dentro de menos de 50 anos, ao contrário das mudanças geológicas que levam milênios para produzirem grande mudanças.
Toda aquela região do oeste e noroeste africano sempre foi marcada por intensa atividade vulcânica.

Terremotos de origem vulcânica


Foi lá, num vale vulcânico chamado de Rift Valley pelos cientistas, que a espécie humana surgiu e se espalhou para o resto do mundo.
Os paleontólogos que fazem pesquisas na região encontram camadas de cinzas depositadas por intensas erupções que aconteceram há milhões de anos.


Terremotos que causaram as fissuras e os dias
Date - Events - Magnitude

14 Sep 2005 - 1 - 4.6
20 Sep 2005 - 2 - 5.5
21 Sep 2005 - 16 - 4.9
22 Sep 2005 - 12 - 4.9
23 Sep 2005 - 9 - 4.8
24 Sep 2005 - 29 - 5.6
25 Sep 2005 - 42 - 5.2
26 Sep 2005 - 9 - 5.2
27 Sep 2005 - 1 - 4.5
28 Sep 2005 - 5 - 5.1
29 Sep 2005 - 2 - 4.8
01 Oct 2005 - 1 - 4.5
02 Oct 2005 - 1 - 5.0
04 Oct 2005 - 1 - 4.5



Outra região semelhante, mas muito mais perigosa é o chamado Cinturão de Fogo do Pacífico, perto do sudeste asiático.
Lá, a crosta terrestre está se abrindo no fundo do mar, o que provoca abalos submarinos capazes de gerar ondas gigantes, os tsunamis, como os que atingiram recentemente a Indonésia.
Não há nada que a humanidade possa fazer para deter esses processos de movimentação da crosta do Planeta.
As populações que moram nessas regiões geologicamente ativas podem apenas se precaver, instalando bóias de alerta contra tsunamis e evitando morar perto dos vulcões e das fendas em atividade, como esta da África.


Como cresce o fundo do mar

As placas que formam a crosta do nosso planeta flutuam como balsas em cima de um oceano de magma, ou rocha derretida a mais de mil graus de temperatura.
Assim, sempre que uma fenda se abre, a lava brota do interior do planeta, preenchendo rapidamente a abertura.
Quando a lava esfria, ela se solidifica formando uma nova crosta no lugar da que se partiu.
O fundo do mar cresce deste modo, com a América do Sul e a África se afastando gradualmente, enquanto a rachadura no meio do oceano vai sendo preenchida com camadas de um novo solo marinho.

No caso da fenda na África, o novo solo formado no interior da fenda vai ficar abaixo do nível do mar, provocando a invasão das águas do Mar Vermelho e formando um novo oceano.
Isso faz com que a geografia do planeta mude gradualmente ao longo das eras.
Se um viajante do tempo chegar na Terra, daqui a 250 de anos, vai ter que desenhar um novo mapa do mundo. Porque provavelmente a Califórnia já terá se separado dos EUA, a Etiópia do resto da África e é provável até que a América Central tenha se fragmentado, criando um braço de mar a unir o Atlântico e o Pacífico. (JLC)
ROBERTO BRAZ DE SOUZA

sábado, 17 de setembro de 2011

Sobre o Perdão

O tema do perdão parece por demais religioso e muitas vezes perdoar pode parecer o mesmo que ser conivente com uma injustiça. Falar de não-violência, no entanto, implica em falarmos de perdão e implica muitas vezes voltarmos às doutrinas de Jesus, que foi um mestre da não-violência. Ainda que saibamos que ao longo da história os cristãos não tenham dado muita atenção para esse importante tema, é precípuo que fique manifesto que o ensinamento de Jesus é um ensinamento da não-violência e que há uma distância enorme entre a mensagem de Jesus e a necessidade de uso da força para a manutenção da ordem social ou para o estabelecimento da justiça.

No que o perdão pode ser a principal arma não violenta e em que sentido ele instaura uma nova norma de justiça?

Jesus falou: “Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”. Essa frase de LC 23, 34 identifica a fonte da não violência. Quem pode ser capaz de perdoar a injustiça máxima cometida contra si, esse é um indivíduo não violento. Os cristãos, no entanto, que por séculos perseguiram os judeus, chamando-os de deicidas, em nenhum momento o fizeram por amor a Jesus, mas provavelmente por ódio aos outros e em nome da guerra.

Quando Jesus pronuncia essas palavras? Ele o faz num momento de abandono absoluto, em que é alvo do ódio e se mostra como vítima completamente nua a indefesa. A não-violência mostra aqui seu lado paradoxal: a força de um homem reside em ser indefeso e manso. A maior de todas as violências, a violência divina que instaura uma nova ordem no cosmos é aquela que é capaz de renunciar ao seu desejo de vingança, que é o mesmo que sustentar a ordem vigente, e instaurar uma nova ordem. O perdão é a renúncia plena ao mal que teríamos o direito de cometer para repararmos uma injustiça. “Pai perdoai” significa, Pai não os permita que sofram uma violência como esta. Mas significa também: Pai, transporta-os para outra ordem, a ordem do amor e da Graça que tornam toda violência inútil e impossível mesmo.

A oferta do perdão está em continuidade com seus atos e palavras. “Felizes os artesãos da paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5, 4-9). “Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, abençoai os que lhe amaldiçoam e orai pelos que vos caluniam. A quem der um tapa em uma face, oferece também a outra”. (Lc 6, 27-29). Jesus não se contenta apenas em falar da não violência: ele oferece sua morte como um exemplo de agir santo e puro, desprovido de qualquer ódio. Isso, no entanto, não significa que ele tenha sempre palavras doces aos outros. Ele chama os fariseus e escribas de hipócritas (Mt 23, 13). E ele foi capaz de uma atitude enérgica contra aqueles que faziam do Templo um lugar de comércio (Mt 21, 12-13). Jesus foi sempre severo e duro com seus adversários, quando estes exploravam o povo e lhes colocavam cargas demais no ombro dos pobres. No entanto, quando se trata de uma injustiça feita a si, ele perdoava.

O que é então, o perdão?

Importa, antes de tudo, eliminar certas imagens que nos vêem ao espírito quando falamos de perdão. Em primeiro lugar, perdoar não é esquecer. Sempre se associou o perdão ao fecharem-se os olhos às injustiças para se salvaguardar um falso conceito de paz. Nesse sentido, esquecer é uma covardia que se recusa a encarar a realidade. Em segundo lugar, o perdão não é apatia. Essa é uma fuga na indiferença, e é um grande mal. Em terceiro lugar, o perdão não é ingenuidade, não é desconhecer o mal. Finalmente, o perdão não é um laxismo, de deixar a si mesmo sempre em desvantagem. Isso porque isso abre uma porta para que injustiças se repitam, que os opressores continuem suas maldades. É preciso ver também que o perdão não é uma atitude de querer se mostrar superior ao que nos causa dano. Na verdade, o perdão quer mostrar liberdade e força de espírito. Jesus ao perdoar não está sendo nem ingênuo, posto que conhece na própria carne a miséria humana. Ele está alertando para a necessidade de uma mudança de atitude quando sofremos algum mal.

Eu continuo...
Rochelle

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

LIVROS EM PDF -
305 Livros grátis (Isso vale a pena repassar)

É só clicar no título para ler ou imprimir.
1. A Divina Comédia -Dante Alighieri
2. A Comédia dos Erros -William Shakespeare
3. Poemas de Fernando Pessoa -Fernando Pessoa
4. Dom Casmurro -Machado de Assis
5. Cancioneiro -Fernando Pessoa
6. Romeu e Julieta -William Shakespeare
7. A Cartomante -Machado de Assis
8. Mensagem -Fernando Pessoa
9. A Carteira -Machado de Assis
10. A Megera Domada -William Shakespeare
11. A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca -William Shakespeare
12. Sonho de Uma Noite de Verão -William Shakespeare
13. O Eu profundo e os outros Eus. -Fernando Pessoa
14. Dom Casmurro -Machado de Assis
15.. Do Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
16. Poesias Inéditas -Fernando Pessoa
17. Tudo Bem Quando Termina Bem -William Shakespeare
18. A Carta -Pero Vaz de Caminha
19. A Igreja do Diabo -Machado de Assis
20. Macbeth-William Shakespeare
21. Este mundo da injustiça globalizada -José Saramago
22. A Tempestade -William Shakespeare
23. O pastor amoroso -Fernando Pessoa
24. A Cidade e as Serras -José Maria Eça de Queirós
25. Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
26. A Carta de Pero Vaz de Caminha -Pero Vaz de Caminha
27. O Guardador de Rebanhos -Fernando Pessoa
28. O Mercador de Veneza -William Shakespeare
29. A Esfinge sem Segredo -Oscar Wilde
30. Trabalhos de Amor Perdidos -William Shakespeare
31. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
32. A Mão e a Luva -Machado de Assis
33. Arte Poética -Aristóteles
34. Conto de Inverno -William Shakespeare
35. Otelo, O Mouro de Veneza -William Shakespeare
36. Antônio e Cleópatra -William Shakespeare
37. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
38. A Metamorfose -Franz Kafka
39. A Cartomante -Machado de Assis
40. Rei Lear-William Shakespeare
41. A Causa Secreta -Machado de Assis
42. Poemas Traduzidos -Fernando Pessoa
43. Muito Barulho Por Nada -William Shakespeare
44. Júlio César -William Shakespeare
45. Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
46. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
47. Cancioneiro -Fernando Pessoa
48. Catálogo de Autores Brasileiros com a Obra em Domínio Público -Fundação Biblioteca Nacional
49. A Ela -Machado de Assis
50. O Banqueiro Anarquista -Fernando Pessoa
51. Dom Casmurro -Machado de Assis
52. A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
53. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
54. Adão e Eva -Machado de Assis
55. A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
56. A Chinela Turca -Machado de Assis
57. As Alegres Senhoras de Windsor -William Shakespeare
58. Poemas Selecionados -Florbela Espanca
59. As Vítimas-Algozes -Joaquim Manuel de Macedo
60. Iracema -José de Alencar
61. A Mão e a Luva -Machado de Assis
62. Ricardo III -William Shakespeare
63. O Alienista -Machado de Assis
64. Poemas Inconjuntos-Fernando Pessoa
65. A Volta ao Mundo em 80 Dias -Júlio Verne
66. A Carteira -Machado de Assis
67. Primeiro Fausto -Fernando Pessoa
68. Senhora -José de Alencar
69. A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães
70. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
71. A Mensageira das Violetas -Florbela Espanca
72. Sonetos -Luís Vaz de Camões
73. Eu e Outras Poesias -Augusto dos Anjos
74. Fausto -Johann Wolfgang von Goethe
75. Iracema -José de Alencar
76. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa
77. Os Maias -José Maria Eça de Queirós
78. O Guarani -José de Alencar
79. A Mulher de Preto -Machado de Assis
80. A Desobediência Civil -Henry David Thoreau
81. A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
82. A Pianista -Machado de Assis
83. Poemas em Inglês -Fernando Pessoa
84. A Igreja do Diabo -Machado de Assis
85. A Herança -Machado de Assis
86. A chave -Machado de Assis
87. Eu -Augusto dos Anjos
88. As Primaveras -Casimiro de Abreu
89. A Desejada das Gentes -Machado de Assis
90. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa
91. Quincas Borba -Machado de Assis
92. A Segunda Vida -Machado de Assis
93. Os Sertões -Euclides da Cunha
94. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
95. O Alienista -Machado de Assis
96. Don Quixote. Vol. 1 -Miguel de Cervantes Saavedra
97. Medida Por Medida -William Shakespeare
98. Os Dois Cavalheiros de Verona -William Shakespeare
99. A Alma do Lázaro -José de Alencar
100. A Vida Eterna -Machado de Assis
101. A Causa Secreta -Machado de Assis
102. 14 de Julho na Roça -Raul Pompéia
103. Divina Comedia -Dante Alighieri
104. O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
105. Coriolano -William Shakespeare
106. Astúcias de Marido -Machado de Assis
107. Senhora -José de Alencar
108. Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
109. Noite na Taverna -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
110. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
111. A 'Não-me-toques' ! -Artur Azevedo
112. Os Maias -José Maria Eça de Queirós
113. Obras Seletas -Rui Barbosa
114. A Mão e a Luva -Machado de Assis
115. Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
116. Aurora sem Dia -Machado de Assis
117. Édipo-Rei-Sófocles
118. O Abolicionismo -Joaquim Nabuco
119. Pai Contra Mãe -Machado de Assis
120. O Cortiço -Aluísio de Azevedo
121. Tito Andrônico-William Shakespeare
122. Adão e Eva -Machado de Assis
123. Os Sertões -Euclides da Cunha
124. Esaú e Jacó -Machado de Assis
125. Don Quixote -Miguel de Cervantes
126. Camões -Joaquim Nabuco
127. Antes que Cases -Machado de Assis
128. A melhor das noivas -Machado de Assis
129. Livro de Mágoas -Florbela Espanca
130. O Cortiço -Aluísio de Azevedo
131. A Relíquia -José Maria Eça de Queirós
132. Helena -Machado de Assis
133. Contos -José Maria Eça de Queirós
134. A Sereníssima República -Machado de Assis
135. Iliada-Homero
136. Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
137. A Brasileira de Prazins-Camilo Castelo Branco
138. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
139. Sonetos e Outros Poemas -Manuel Maria de Barbosa du Bocage
140. Ficções do interlúdio: para além do outro oceano de Coelho Pacheco. -Fernando Pessoa
141. Anedota Pecuniária -Machado de Assis
142. A Carne -Júlio Ribeiro
143. O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
144. Don Quijote-Miguel de Cervantes
145. A Volta ao Mundo em Oitenta Dias -Júlio Verne
146. A Semana -Machado de Assis
147. A viúva Sobral -Machado de Assis
148. A Princesa de Babilônia -Voltaire
149. O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves
150. Catálogo de Publicações da Biblioteca Nacional -Fundação Biblioteca Nacional
151. Papéis Avulsos -Machado de Assis
152. Eterna Mágoa -Augusto dos Anjos
153. Cartas D'Amor -José Maria Eça de Queirós
154. O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
155. Anedota do Cabriolet-Machado de Assis
156. Canção do Exílio -Antônio Gonçalves Dias
157. A Desejada das Gentes -Machado de Assis
158. A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
159. Don Quixote. Vol. 2 -Miguel de Cervantes Saavedra
160. Almas Agradecidas -Machado de Assis
161. Cartas D'Amor - O Efêmero Feminino -José Maria Eça de Queirós
162. Contos Fluminenses -Machado de Assis
163. Odisséia -Homero
164. Quincas Borba -Machado de Assis
165. A Mulher de Preto -Machado de Assis
166. Balas de Estalo -Machado de Assis
167. A Senhora do Galvão -Machado de Assis
168. O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
169. A Inglezinha Barcelos -Machado de Assis
170. Capítulos de História Colonial (1500-1800) -João Capistrano de Abreu
171. CHARNECA EM FLOR -Florbela Espanca
172. Cinco Minutos -José de Alencar
173. Memórias de um Sargento de Milícias -Manuel Antônio de Almeida
174. Lucíola -José de Alencar
175. A Parasita Azul -Machado de Assis
176. A Viuvinha -José de Alencar
177. Utopia -Thomas Morus
178. Missa do Galo -Machado de Assis
179. Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves
180. História da Literatura Brasileira: Fatores da Literatura Brasileira -Sílvio Romero
181. Hamlet -William Shakespeare
182. A Ama-Seca -Artur Azevedo
183. O Espelho -Machado de Assis
184. Helena -Machado de Assis
185. As Academias de Sião -Machado de Assis
186. A Carne -Júlio Ribeiro
187. A Ilustre Casa de Ramires -José Maria Eça de Queirós
188. Como e Por Que Sou Romancista -José de Alencar
189. Antes da Missa -Machado de Assis
190. A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
191. A Carta -Pero Vaz de Caminha
192. LIVRO DE SÓROR SAUDADE -Florbela Espanca
193. A mulher Pálida -Machado de Assis
194. Americanas -Machado de Assis
195. Cândido -Voltaire
196. Viagens de Gulliver-Jonathan Swift
197. El Arte de la Guerra -Sun Tzu
198. Conto de Escola -Machado de Assis
199. Redondilhas -Luís Vaz de Camões
200. Iluminuras -Arthur Rimbaud
201. Schopenhauer-Thomas Mann
202. Carolina -Casimiro de Abreu
203. A esfinge sem segredo -Oscar Wilde
204. Carta de Pero Vaz de Caminha. -Pero Vaz de Caminha
205. Memorial de Aires -Machado de Assis
206. Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto
207. A última receita -Machado de Assis
208. 7 Canções -Salomão Rovedo
209. Antologia -Antero de Quental
210. O Alienista -Machado de Assis
211. Outras Poesias -Augusto dos Anjos
212. Alma Inquieta -Olavo Bilac
213. A Dança dos Ossos -Bernardo Guimarães
214. A Semana -Machado de Assis
215. Diário Íntimo -Afonso Henriques de Lima Barreto
216. A Casadinha de Fresco -Artur Azevedo
217. Esaú e Jacó -Machado de Assis
218. Canções e Elegias -Luís Vaz de Camões
219. História da Literatura Brasileira -José Veríssimo Dias de Matos
220. A mágoa do Infeliz Cosme -Machado de Assis
221. Seleção de Obras Poéticas -Gregório de Matos
222. Contos de Lima Barreto -Afonso Henriques de Lima Barreto
223. Farsa de Inês Pereira -Gil Vicente
224. A Condessa Vésper -Aluísio de Azevedo
225. Confissões de uma Viúva -Machado de Assis
226. As Bodas de Luís Duarte -Machado de Assis
227. O LIVRO D'ELE -Florbela Espanca
228. O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves
229. A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
230. Lira dos Vinte Anos -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
231. A Orgia dos Duendes -Bernardo Guimarães
232. Kamasutra-Mallanâga Vâtsyâyana
233.. Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto
234. A Bela Madame Vargas -João do Rio
235. Uma Estação no Inferno -Arthur Rimbaud
236. Cinco Mulheres -Machado de Assis
237. A Confissão de Lúcio -Mário de Sá-Carneiro
238. O Cortiço -Aluísio Azevedo
239. RELIQUIAE-Florbela Espanca
240. Minha formação -Joaquim Nabuco
241. A Conselho do Marido -Artur Azevedo
242. Auto da Alma -Gil Vicente
243. 345 -Artur Azevedo
244. O Dicionário -Machado de Assis
245. Contos Gauchescos -João Simões Lopes Neto
246.. A idéia do Ezequiel Maia -Machado de Assis
247. AMOR COM AMOR SE PAGA -França Júnior
248. Cinco minutos -José de Alencar
249. Lucíola -José de Alencar
250. Aos Vinte Anos -Aluísio de Azevedo
251. A Poesia Interminável -João da Cruz e Sousa
252. A Alegria da Revolução -Ken Knab
253. O Ateneu -Raul Pompéia
254. O Homem que Sabia Javanês e Outros Contos -Afonso Henriques de Lima Barreto
255. Ayres e Vergueiro -Machado de Assis
256. A Campanha Abolicionista -José Carlos do Patrocínio
257. Noite de Almirante -Machado de Assis
258. O Sertanejo -José de Alencar
259. A Conquista -Coelho Neto
260. Casa Velha -Machado de Assis
261. O Enfermeiro -Machado de Assis
262. O Livro de Cesário Verde -José Joaquim Cesário Verde
263. Casa de Pensão -Aluísio de Azevedo
264. A Luneta Mágica -Joaquim Manuel de Macedo
265. Poemas -Safo
266. A Viuvinha -José de Alencar
267. Coisas que Só Eu Sei -Camilo Castelo Branco
268. Contos para Velhos -Olavo Bilac
269. Ulysses -James Joyce
270. 13 Oktobro 1582 -Luiz Ferreira Portella Filho
271. Cícero -Plutarco
272. Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves
273. Confissões de uma Viúva Moça -Machado de Assis
274. As Religiões no Rio -João do Rio
275. Várias Histórias -Machado de Assis
276. A Arrábida-Vania Ribas Ulbricht
277. Bons Dias -Machado de Assis
278. O Elixir da Longa Vida -Honoré de Balzac
279. A Capital Federal -Artur Azevedo
280. A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães
281. As Forças Caudinas-Machado de Assis
282. Coração, Cabeça e Estômago -Camilo Castelo Branco
283. Balas de Estalo -Machado de Assis
284. AS VIAGENS -Olavo Bilac
285. Antigonas-Sofócles
286. A Dívida -Artur Azevedo
287. Sermão da Sexagésima -Pe. Antônio Vieira
288. Uns Braços -Machado de Assis
289. Ubirajara -José de Alencar
290. Poética -Aristóteles
291. Bom Crioulo -Adolfo Ferreira Caminha
292. A Cruz Mutilada -Vania Ribas Ulbricht
293. Antes da Rocha Tapéia-Machado de Assis
294. Poemas Irônicos, Venenosos e Sarcásticos -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
295. Histórias da Meia-Noite -Machado de Assis
296. Via-Láctea-Olavo Bilac
297. O Mulato -Aluísio de Azevedo
298. O Primo Basílio - José Maria Eça de Queirós
299. Os Escravos -Antônio Frederico de Castro Alves
300. A Pata da Gazela -José de Alencar
301. BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA -Alcântara Machado
302. Vozes d'África -Antônio Frederico de Castro Alves
303.. Memórias de um Sargento de Milícias -Manuel Antônio de Almeida
304. O que é o Casamento? -José de Alencar
305. A Harpa do Crente -Vania Ribas Ulbricht


... BOAS LEITURAS

Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre, mas que está prestes a ser desativada por falta de acessos. Imaginem um lugar onde você pode gratuitamente:
·Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ;
· escutar músicas em MP3 de alta qualidade;
· Ler obras de Machado de Assis Ou a Divina Comédia;
· ter acesso às melhores historinhas infantis e vídeos da TV ESCOLA
· e muito mais...
O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso,basta acessar o site: http://www.dominiopublico.gov.br/
Só de literatura portuguesa são 732 obras!

FELICIDADE NO AMOR CONJUGAL – Dicas para quem vai se casar.

FELICIDADE NO AMOR CONJUGAL – Dicas para quem vai se casar.
Não sei quantas celebrações matrimoniais já presenciei, mas sei que em todas elas há muita expectativa e esperança da felicidade conjugal.

A vida a dois não é simples e tão fácil quanto namorar. Ela envolve todo o ser, os sonhos e projetos.
  • Primeira coisa siga o conselho de Carlos Drumond de Andrade de não deixar o amor passar.

  • Depois olhe bem para a pessoa. Olhe enxergando tudo o que ela é, o que faz e como as faz. Tente ver como ela se conecta na vida e às pessoas e responda para você mesmo: “Me disponho a partir de agora a me entregar completamente para que essa pessoa seja feliz? Desejo fazê-la feliz e para isto empreender meus esforços, sentimentos e ações?”.
Se sim, esta pessoa é sua amada. Se não, comece de novo.

Veja quais os porquês que o impedem de assim decidir. Se for por causa de seus medos do futuro, esqueça esse medo, ninguém tem controle do futuro. Se o medo tem a ver com alguma coisa desta outra pessoa, converse sobre isto, veja se é uma parte tratável, moldável e negociável e invista nisto. Caso não haja possibilidades de mudanças, há grandes chances de você se decepcionar.
  • Feito isto e obtido a resposta positiva: - “Sim, quero fazê-la feliz”; dê mais um passo. Veja se aquele perfil, aquelas qualidades lhe fazem bem e promovem sua alegria. Veja os defeitos e analise friamente se eles não serão capazes de fazê-lo desistir de fazê-la feliz.
Se sim, você está em bom caminho para um casamento de verdade.

Conheço muitos casamentos vividos em parceiras há décadas em que não houve um casamento de fato. Uma das partes não participa integralmente.
Lembre-se, casamento é feito a dois. Impossível que apenas a entrega total de uma das partes, configure um casamento. Ambos precisam de entrega irrestrita, mesmo que aos poucos, mas completa. Não se faz um casamento em que ambos estejam interessados apenas em que o outro promova a “minha” felicidade. Isto não é amor, é egoísmo.

Amar não é algo que se recebe, mas algo que se dá.
Amar não é algo que se cobra do outro, mas algo que se entrega ao outro. Todas as vezes que alguém cobra que não se é ou não se sente amado, ele está enfraquecendo o verdadeiro sentido do amor em função de suas próprias carências.
A carência de ser amado é válida e perfeitamente natural, porém o amor se distingue da carência. Carecer de amor não deve levar a pessoa a padecer de amar. Quando se cobra o suprimento da carência está pensando em si mesmo e naquilo que não tem recebido, e amar é pensar no outro e naquilo que se tem dado como um fim em si mesmo.

Talvez alguém pergunte: - “Mas e se amo, amo e amo e não recebo de volta?” Digo que você não é amado, apenas ama. Quem ama não necessariamente receberá amor de volta, este risco é próprio do amor. Por isso é necessário saber se de fato a outra pessoa também ti ama.

Algumas pistas ajudam nisto.
Busque saber como a outra expressa o amor, pois pode ser que aquilo que você gostaria de receber como expressão de amor, seja diferente daquilo que ela entende e expressa como amor. Pode ser que ela considere estar amando, mas sua expressão não esteja lhe suprindo.
A questão, portanto, não seria falta de amor, mas a diferente compreensão do que é e como se expressa este amor.
  • Outra dica importante tem a ver com a relação com os pais.
Uma coisa simples, mas rica de significado: Filhos tem chave da casa dos pais, mas estes não devem ter daqueles. Filhos abrem a geladeira na casa dos pais, mas estes não devem fazê-lo na casa dos filhos.
Quer dizer, a orientação judaico-cristã de “deixar seu pai e sua mãe e se unir ao cônjuge” é uma ação efetuada pelos filhos e não pelos pais.

Pais sempre se “intrometerão” na vida dos filhos em nome da felicidade deles, mas os filhos devem colocar limites para isto. Mas lembrem-se, os limites são colocados pelos filhos, não pela nora ou genro.
Os pais tendem a criar os filhos para si mesmos e emocionalmente agem como uma espécie de proprietários. Os filhos se sentem protegidos e “aninhados”, mas as noras e os genros podem se sentirem invadidos; incomodados.
Estas circunstâncias tendem a afetar profundamente e de forma negativa o casamento, pois os filhos não cortando o cordão umbilical não se casam integralmente. Pais que gerenciam o casamento dos filhos, têm grandes chances de lidarem com a falência de seus “negócios”.
  • E sobre sexo?
Normalmente este assunto não é conversado, apenas ansiosamente praticado e muitas vezes às vezes. Quando não se conversa sobre ele, não gera intimidade suficiente para que amadureça.
Os ambientes em que se aprende, se é que se aprendeu, nem sempre são a partir da ideia da de um amor duradouro e da construção de um casamento, mas apenas como uma satisfação física. Sendo assim a tendência é que a compreensão da relação sexual não abarca todo o relacionamento conjugal.
As satisfações tornam-se precárias e os dois "vão levando a vida". Não abrem o jogo por puro preconceito, ou para não admitir suas ignorâncias.
Não tenha medo de ser ignorante no assunto. Tenho para mim que ninguém no quesito “relação sexual conjugal amorosa” sabe tudo. Um especialista pode saber tudo sobre sexo, mas não sabe absolutamente nada sobre o seu cônjuge e sobre você. Só vocês é que descobrirão as coisas um do outro, como veem a vida e quais coisas lhes são preciosas. Estamos falando de uma relação sexual que envolve duas pessoas com alma, emoções, carências e desejos e com um projeto de vida em comum e não de um amontoado de moléculas fisicamente necessitadas.

Entre um casal, cada um vai se descobrindo e desvelando o outro e amadurecendo para uma relação duradoura. Não conversando, ambos guardam mágoas em nome do amor e nunca atingirão uma plenitude amorosa.

A complexidade do casamento não se resolve em um pequeno texto, mas pelo menos algumas dicas podem despertar um caminho a ser percorrido.

Feliz casamento.

Eliel Batista

domingo, 11 de setembro de 2011

Meia Noite em Paris

Esse maravilhoso filme de W. Allen fala além da exuberância da cidade Luz. Fala além também da necessidade de retornar a um passado em que ainda existia vida para além das superficialidades burguesas. Fala de uma vida autêntica que tem se perdido e que pode ser recuperada em lugares especiais, com pessoas especiais, sob circunstâncias especiais.
Ele ainda ridiculariza aqueles que desejam conhecer as obras de arte, como se as mesmas representassem mais um objeto de consumo. Esses tais são os americanos.
Recomendo esse filme maravilhoso, além de recomendar também que um dia estejam em Paris verdadeiramente. Sem o olhar idiota do turista, e carregado do olhar do amante da beleza que se sacrifica até à morte pelo belo.

sábado, 10 de setembro de 2011

Beethoven - Sonata ao Luar


A Sonata ao Luar foi publicada em 1802. Nesse período, a crescente surdez de Beethoven estava começando a se manifestar e isso fez com que o compositor se isolasse do mundo. Viveu um amor impossível com uma jovem aristocrática, que pouco tempo depois se casou com um conde.
Beethoven criou a sonata procurando maior liberdade em sua composição, chamando-a sonata fantasia. Sem dúvida a música foi o maior aparo do compositor na sua trágica vida, o que é comprovado pela seguinte carta que ele escreveu a um amigo:
"Devo viver como um exilado. Se me acerco de um grupo, sinto-me preso de uma pungente angústia, pelo receio que descubram meu triste estado. E assim vivi este meio ano em que passei no campo. Mas que humilhação quando ao meu lado alguém percebia o som longínquo de uma flauta e eu nada ouvia! Ou escutava o canto de um pastor e eu nada escutava! Esses incidentes levaram-me quase ao desespero e pouco faltou para que, por minhas próprias mãos, eu pusesse fim à minha existência. Só a arte me amparou!"
6 de outubro de 1802

Heloísa

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Texto da aluna Gizele Almeida sobre Deleuze

Ontologia da Diferença, em Deleuze, é o nome expresso para toda uma obra filosófica que responde às questões da Univocidade do Ser, à diferença pensada nela mesma sem mediação. Assim, para dar estatuto ao Ser unívoco, em seu método de pensamento, Deleuze se inclinou para o conhecimento dos casos e das singularidades, o círculo da diferença e da repetição sem as esmagadoras abstrações da Dialética combatendo, neste sentido, as idealidades transcendentes em nome da imanência criadora de vida, conforme Bandiou (1997). De tal modo, empreende-se no projeto nietzscheniano de reversão do platonismo mostrando sua crítica a Platão e a seus sucessores que não só se opuseram a irrealidade dos simulacros como se ocultaram ante sua realidade; Deleuze vem trazer o sentido de uma valorização dos Simulacros.
O que Deleuze propõe em sua filosofia é manifestar a verdadeira motivação platônica ocultada na fórmula subversiva historiada até então, que se preocupava com a simples recusa das aparências e das essências. Assim, ele nos descreve que diferentemente de Aristóteles que visou identificar ou especificar os seres através de um conceito geral, Platão não tinha como objetivo distinguir entre o modelo e a cópia.
Platão funda o método dialético de divisão (introduzindo a ele o mito circular) no intuito de avaliar os rivais, selecionar os pretendentes que pretendiam um fundamento como princípio transcendente, uma espécie de modelo para todos os seres; e busca de forma hierárquica no nível de uma moral, submeter às quatro raízes da representação (à identidade, à oposição, à analogia, à semelhança) a Diferença encarnada no Sofista, no simulacro (o Sofista é o Ser do simulacro, o sátiro, o centauro...), ou seja, estabelecer diferença entre as cópias por meio de uma eleição participativa; a multiplicidade indefinida (os entes) vem representar aí o que deve ser eliminado para evidenciar a Idéia como linhagem pura (o Demiurgo).
Contudo, Platão tentando realizar estas proezas, faz retornar os temas pré-socráticos para a filosofia em que há um parricídio consumado e desta vez com maio evidencia, pois Platão imita precisamente aqueles quem denuncia, os falsos pretendentes. Quando quis provar a realidade do falso, precisou analisar o ser do não-ser (o simulacro não é real, o não-ser é. Mas ele também é o não-ser) traindo a si mesmo e voltando à divisão contra ela própria para evidenciar no desfecho do Sofista a força positiva em simulacros! O sofista é ironicamente confundível com o próprio Sócrates. Assim Deleuze postula: A diferença não é o negativo, todavia, o não-ser que é a Diferença. Oras, aí está à motivação platônica em evidencia, como quis Deleuze: uma potência dialética capaz de medir, ao mesmo tempo, o platonismo e a possibilidade de subversão do platonismo em função de uma verdadeira filosofia da diferença, de uma Ontologia.
O simulacro vem caracterizar um devir, mas um “devir-louco”, sem limite, um devir outro, capaz de subverter profundidades enquanto se esquiva do igual, do semelhante, do limite se constituindo simultaneamente mais e menos sem igualdade, um estado de signo na lógica do eterno retorno. Eterno retorno ao caos que destrói e traga instâncias que colocam a diferença entre o originário e o derivado, a coisa e os simulacros, não permitindo qualquer instauração de uma “fundação-fundamento”. Deste modo, não há mais seleção possível diante do movimento que complica todas as séries, que se dispõe de uma lei que faz todas voltarem em cada uma, subsistindo a identidade. Esta ultima, passa a ser simulada, assim como o mesmo e o semelhante, diante do funcionalismo do simulacro com seu condensado de coexistência e simultâneos acontecimentos.
Assim, a Ontologia da Diferença considera uma só proposição ontológica: “o Ser é Unívoco”.  Este se diz em um só sentido para todas as coisas de que se diz.  Portanto, o designado é o mesmo para sentidos distintos em suas qualidades e o sentido é o mesmo para os modos numericamente distintos, sejam eles individuantes, designantes ou expressantes. Suceder como acontecimento único para tudo que se sucede nas coisas mais diversas é a atuação da univocidade do Ser. Ela é puro acontecimento e puro sentir. Logo, todos os acontecimentos comunicam em um único que é o Ser (o clamor do Ser). Portanto, todo questionamento de Deleuze se direciona ao Uno, ao Ser tornando o múltiplo pensável como produção de simulacros. Quando não há mais causa distanciada, hierarquizada: “o rochedo, a flor de lis, o animal e o homem cantam igualmente a glória de Deus em uma espécie de anarquia coroada”, nas praias de pura imanência.
É possível aí a fluidez dos movimentos imanentes como aquilo que engendra retroações, conexões, proliferações na fractalização, na curvatura de um plano, na infinidade infinitamente redobrada, que faz do pensar e ser uma só coisa. Eis que atravessar as hierarquias por praias de imanência significa então – para inventores e criadores de modos de vida – ressoar em liberdade a potência de um duplo construtivismo filosófico: criar conceitos e traçar um plano. A vida do individuo passa a dar lugar à uma vida impessoal em favor de uma singularidade, que mesmo sem nome o homem não é substituível nem confundido com nenhum outro.
Neste sentido que experimentamos, no teatro da repetição (no eterno retorno), forças puras, traçados dinâmicos que agem sobre o espírito, sem intermediário, unindo-o diretamente à natureza e à história; também experimentamos uma linguagem que fala antes das palavras, gestos que se elaboram antes dos corpos organizados, mascaras antes das faces, espectros e fantasmas antes dos personagens – todo o aparelho da repetição como “potencia terrível”.
Este é o convite deleuzeano, atuar no verdadeiro teatro, onde tudo é simulado em superposição de máscaras. Estas fazem referencia ao verdadeiro movimento (repetição), através do qual o ator desempenha um papel que desempenha outros papéis. Pois a ontologia se confunde com a filosofia, que por sua vez se confunde com a univocidade do Ser que igualmente é imanência, sendo também aquela que gera a circulação da diferença em repetição, para dar legitimidade ao incerto, ao acidental, ao divergente como signos de expressão da essência do Ser, o simulacro em seu valor positivo.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Rubem Alves: a escola ideal

Olá queridos,
Por indicação do nosso amigo Alfredo, posto esse excelente vídeo, bem curtinho. Ele se aplica muito à aprendizagem em EAD.
beijos...

domingo, 4 de setembro de 2011

Hymne a l'amour

Parole de L'hymne à L'amour:
Le ciel bleu sur nous peut s'effondrer
Et la terre peut bien s'écrouler
Peu m'importe si tu m'aimes
Je me fous du monde entier
Tant qu'l'amour inond'ra mes matins
Tant que mon corps frémira sous tes mains
Peu m'importe les problèmes
Mon amour puisque tu m'aimes

J'irais jusqu'au bout du monde
Je me ferais teindre en blonde
Si tu me le demandais
J'irais décrocher la lune
J'irais voler la fortune
Si tu me le demandais

Je renierais ma patrie
Je renierais mes amis
Si tu me le demandais
On peut bien rire de moi
Je ferais n'importe quoi
Si tu me le demandais

Si un jour la vie t'arrache à moi
Si tu meurs que tu sois loin de moi
Peu m'importe si tu m'aimes
Car moi je mourrais aussi
Nous aurons pour nous l'éternité
Dans le bleu de toute l'immensité
Dans le ciel plus de problèmes
Mon amour crois-tu qu'on s'aime
Dieu réunit ceux qui s'aiment

sábado, 3 de setembro de 2011

Texto sobre Heschel: filósofo e teólogo judeu

O significado da teologia profética na filosofia judaica de J. Abrham Heschel
            Para compreendermos a profundidade do chamado profético é preciso que tenhamos em conta a profundidade dada pelo povo judeu à idéia de justiça: ora, compreender a justiça que o homem deve com relação aos outros homens deve lembrar a infinita misericórdia de seu Senhor. Ser justo é reflexo do amor infinito e primordial que o homem deve ao seu Senhor, mas, ao mesmo tempo, o temor profundo que lhe deve. Tanto o homem que obedece aos justos ditames por amor a Deus, tanto aquele que os obedece por temor, cumprem com o seu dever, pois agem de acordo com a justiça. Portanto, antes de falarmos propriamente de profecia, é preciso falarmos do conceito de justiça, tal como se encontra no judaísmo.
             Quando olhamos a estátua da justiça, que nos promete um tratamento isonômico, igualitário a todos os homens, sentimos tristeza porque essa estátua promete algo que não é cumprido. Sabemos que a justiça não é aplicada a ricos e pobres e que justamente são os pobres os que lotam as casas de detenção e são também os pobres que não encontram chance de reconstruir suas vidas quando saem das penitenciárias. Ora, o ideal de justiça oferecido pelos profetas bíblicos, fato enfatizado por Heschel, jamais poderia ser conivente com essas anomalias. Assim, há um uso extremamente positivo da imaginação no patos profético: os olhos não estão vendados, mas extremamente abertos à violência feita aos outros, aos pobres, aos marginalizados.
            Segundo Heschel, justiça social foi a mensagem principal dos profetas bíblicos. Há um forte contraste entre a imagem da justiça em sua calma e serenidade e a imagem de justiça oferecida por Heschel: a justiça de que falam os profetas é intensa, é uma arrebatadora correnteza que nos arrasta e que exerce seus poderes de maneira violenta. Os moralistas cantam o valor da virtude, do amor. Os profetas, de outro lado, falam da injustiça, da opressão. Os moralistas são a expressão da consciência dos homens: expressam seus valores, suas convicções. Os profetas, do contrário, expressam as verdades indigestas, as quais ninguém quer ser lembrado, justamente porque expressam a raiz profunda do pecado. Mas eles falam justamente para os que sedentos, clamam por justiça. “Você não deve afligir qualquer viúva ou órfão... Se você os afligir eles clamaram a mim e Eu certamente ouvirei o seu clamor”. (Êxodo 22, 22-23). Ao matar o irmão Abel, o Senhor Deus lembra a Caim não que ele descumpriu o preceito, mas que o sangue de seu irmão está clamando por justiça.
            E aqui, vem a grande distinção entre o Deus de Abrão, Isac, Jacó, Jesus Cristo, o Deus a quem Pascal devota amor e o deus dos filósofos, a quem Pascal devota desprezo. A perda da devoção ao Deus pessoal, perda essa que tem Espinosa como um de seus principais articuladores, significa para filósofos como Heschel, a perda do sentido de justiça, compaixão e misericórdia bíblicos. Para o judaísmo não somos enquanto não somos reconhecidos como uma pessoa. Na filosofia de Levinas, por exemplo, é o outro quem me constitui. Só sou um ser humano depois que ouço o seu apelo. Não haveria substituto para esse Deus que desse conta do mesmo recado: o Deus idéia, fruto do racionalismo filosófico, não apenas não ouve nossos apelos, mas também não nos castiga por nossas injustiças. Ele funciona como o agradável refúgio de nossa apatia: não precisando nos comprometer com os homens, podemos nos abandonar no amor a uma idéia, a qual não exige nada de nós. Isso porque esse Deus não é capaz de nos lembrar acerca delas. Ou seja, mais do que nos lembrar da possibilidade do castigo, mais do que nos prometer o céu ou o inferno, o Deus profético nos lembra acerca de nossas obrigações para com nossos irmãos. Por isso a justiça é superior ao amor: aquilo que não podemos fazer por amor, façamos então por temor da injustiça. Amor pode denotar um favor, mas justiça denota um dever. Assim, só é válido o amor como mandamento, como dever. Superar essa imagem nos possibilitará uma motivação para a justiça com efeitos similares ou superiores àqueles que foram obtidos pelos profetas?
            Contra a serena neutralidade do Deus dos filósofos, o Deus dos judeus é um Deus que acorda quando ouve o clamor de seu povo. Não é a estabilidade e a permanência o que interessam nesse apelo: o que importa é a pessoalidade, a empatia com o sofrimento. Quem sofre, onde está a dor? Essa é a pergunta ética. Ela não se vale por preceitos: mede-se pela sensibilidade. Daí que o que vale na narrativa bíblica é sua vitalidade e dinamismo: onde está a dor, ai está o Deus. Onde não há mais possibilidade de vida, a vida acontece. Isso porque a vida é justamente a sensibilidade. Não há ética sem esse sentido profundo de sensibilidade. Pensar é, sobretudo, e antes de tudo, sentir.
            No entanto, não nos parece que esse sentido profundo que relaciona pensamento e afetividade estejam separados na filosofia de Espinosa. Sua filosofia é uma filosofia cujo ápice é o amor a Deus. Seu Deus, sendo a totalidade da Natureza, exige um sentido de amor que é união com todos. A ontologia de Espinosa é uma ética, como ele mesmo diz: falar sobre o Ser é poder agir de modo a expressar o máximo amor que é capaz a potência pensante. Não seria Espinosa, nesse sentido, tão parecido com os judeus (já que ele mesmo é um judeu!)?. O Deus de Espinosa não é um Deus a quem chego não apenas por um desejo sincero de compreender, mas por um anseio imenso de amar infinitamente. Apenas Deus é quem sou capaz de amar sempre mais e mais, porque quanto mais eu O compreendo, inevitavelmente mais eu O amo. Lembremo-nos que no início do Tratado da Reforma do Intelecto é o desejo de amar quem impulsiona Espinosa em sua busca filosófica. Afinal, a filosofia é antes de tudo, uma forma elevada de amor.
            Mas não basta a motivação amorosa. Podemos amar aquilo que nos alivia, que não exige de nós sair de nossa zona de conforto. Aliás, é isso o que geralmente amamos. O recado profético é indigesto porque ele avança na zona da contracultura. Toda cultura quer se auto-celebrar e esconder tanto seus algozes, quanto suas vítimas. Assim, ela pode até gerenciar atos de caridade e solidariedade, mas não aceita a possibilidade de ver suas injustiças desveladas. O patos profético, ao anunciar a injustiça, revela uma forte potência imaginativa para anunciar outra ordem, fundada sobre a justiça divina. Assim, a imaginação profética parece ter um papel mais forte e poderoso do que a autoconsciência lúcida celebrada pelos filósofos. Essa imaginação consegue detectar o grito de dor dos que sofrem melhor do que a consciência filosófica, que é a primeira a destilá-los como malucos e traidores. Isso desmantela a ordem social vigente, exigindo uma nova ordem por vir. 
            A potência imaginativa também foi estudada por Espinosa. De fato, quem controla a imaginação das pessoas, é quem detém o poder político. Espinosa mostra que o perigo da imaginação reside no fato dela não se capaz de por si mesma auto revelar-se como verdadeira ou falsa. Daí que ela possui tanto um poder de coesão, como de dispersão. Mas a imaginação é tão humana, que dela jamais nos libertamos. Daí que seja necessário que essa potência seja regida pela intuição intelectual. Orientar-se pela intuição intelectual é pensar por inteiro, de corpo e mente: é pensar sentindo, necessariamente. Destarte, não seria justo acusar Espinosa de um escapismo estóico, como se fosse possível ao homem subtrair-se de suas paixões. O que podemos, no caso de Espinosa, e também no caso da profecia, é não cair na tentação do desespero, arma do inimigo. Assim, esse apelo imaginativo profético tem o seu valor porque exige de nós superar essa tristeza e caminharmos em direção aos outros, o que já é uma atitude alegre. De qualquer modo, a imaginação em si, sendo uma potência do corpo, é positiva. Podemos sim usa-la de modo a suscitar em nós paixões que possibilitem a vida social. O exercício da piedade é válido. No entanto, preferível a ele, pode ser o imaginar-se no lugar do outro. Esse imaginar-se no lugar do outro não é uma neutralização da alteridade e da singularidade de outra pessoa. Mas imaginar-se justamente numa situação desfavorável, como estrangeiro, como sem teto, sem dinheiro, sem comida, sem oportunidades de conservação da própria existência. A imaginação tem um grande papel socializante, porque ela pode justamente mostrar o outro como expressão finita de Deus, o que compreendemos pela inteligência. 
            Os profetas nos lembram que sempre que reduzo os que gritam ao silêncio, estou legitimando a opressão. Lembram-nos também que a verdadeira crítica é a verdadeira ética: é prestar-se a cuidar dos que gemem. O verbo hebraico gritar, Za’ak, nos lembra   para expressar tanto o gemido e lamento, como serve também no sentido de apresentar uma queixa legal. Aliás, fato semelhante ocorre no português: queixar-se tanto é lamentar-se, como apresentar uma queixa com valor judicial. De qualquer modo, a queixa se relaciona com o sentimento de injustiça e com o desejo de reparação. Ouvir o grito dos que foram reduzidos ao silêncio é fazer uma crítica verdadeira, mostrando que as coisas não estão dando certo.
Rochelle