quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Deixe-me

Deixe-me calar tudo aquilo que grita
Deixe-me cativar tudo aquilo que se esquiva
Deixe-me soletrar tudo aquilo que é sem nome, sem face, não reconhecido
Deixe-me salientar o que está esquecido
Deixe-me conquistar o que jaz perdido
Deixe-me abençoar o que é profano
E deixe-me enloquecer ainda mais o que é insano.

Perdoa-me quando a minha dureza lhe magoar
Perdoa-me quando minha rudeza não souber lhe afeiçoar

Mas deixe-me dizer o quanto de si é preciso em mim
e o quanto de nós ainda está prestes a nascer...

Deixe-me amar apenas o que não suportar em você
Porque o que eu amo, é poder amar sem escolher
Deixe-me sempre cuidar de você
Porque a catástrofe futura é lhe perder de vista...

Roche

3 comentários:

  1. Muito bom!
    o poemas sai do geral para o particular matendo o paradoxo.

    peço que deixe-me falar
    por favor vá
    deixe-me
    Sou areia fina do deserto
    quanto mais se aperta
    mais saio por entre os dedos
    não vá de todo ainda
    eis que não quero te perder de vista

    Até Alan

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  2. Profa Rochelle!

    DEIXE-ME!...

    Um apelo!
    Uma súplica!
    Um direito!

    Por que será que precisamos sinalizar da nossa necessidade de SERMOS SIMPLESMENTE!


    Deixe-me!...
    Tenho certeza que foi consedido!


    PAZ PROFUNDA. Eneide

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